Arte-educação: oficinas multiculturais caminho de transformação
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| Escola Recanto do Saber, Vila de São José do Avena, Itanagra, Bahia |
A arte-educação tem um papel fundamental nas escolas e não se limita a ensinar técnicas artísticas, mas abre espaços de convivência, expressão, criatividade, liberdade e construção de identidade.
Quando pensamos em oficinas multiculturais ou aulas, no meu caso: fotografia mobile, contação de histórias com desenho, teatro e criação de textos, cultura popular afro-brasileira, comunicação digital e, em especial, oficinas de pandeiro, percebo que não se trata apenas de formar artistas.
O objetivo é oportunizar vivências que tocam o corpo e a mente, que fortaleça a autoestima, o senso de pertencimento e o compartilhar de aprendizado.
Município de Itanagra, Bahia
Na Vila de São José do Avena, em Itanagra, tenho levado algumas oficinas às escolas Angelina Garcia Avena (Fundamental II) e Recanto do Saber (Fundamental I), percebo o brilho nos olhos dos alunos ao vivenciarem a arte de forma participativa.
Ao final de uma das aulas um aluno de 12 anos confidenciou que nunca tinha tocado um instrumento em sua vida. "Hoje cheguei triste, mas estou saindo leve e feliz", descreveu. Uma aluna também revelou, "eu já estou tocando pandeiro na igreja".
Esses depoimentos traduzem a verdadeira essência da arte-educação, que proporciona experiências capazes de transformar o estado de espírito e de fortalecer a esperança.
Muitas vezes, organizo as turmas ao ar livre, onde a liberdade de expressão se torna parte da aula. Nessas rodas, o aprendizado vai além: é encontro, socialização, exercício de cidadania, fortalecimento cultural e partilha.
Parcerias que fazem a diferença
Esse trabalho só é possível graças às parcerias que acreditam no poder da arte na formação humana. Agradeço de forma especial:
Prefeitura de Itanagra, em nome do prefeito Marcus Sarmento, que com sensibilidade entende e apoia a presença da arte nas escolas. A direção, professores e a todos que fazem parte da comunidade escolar.
Tapa Pandeiros, representada pelo professor Luciano Pinto, pela doação de 20 pandeiros e a metodologia.
Empresário Roberto Guariglia gestor da Contemporânea Instrumentos Musicais, pelo apoio fundamental com os pandeiros.
São gestos e políticas assim que fortalecem a educação pública e permitem que a arte seja um direito de todos.
Conclusão
A arte-educação é mais do que um complemento no currículo escolar, ela é ferramenta de transformação permitindo que crianças, jovens e adultos experimentem novas formas de aprender.
O pandeiro de modo especial, com toda a sua trajetória milenar, segue vivo não apenas como símbolo da música brasileira, mas como ponte entre gerações, instrumento de diálogo e esperança. E dentro das escolas, ele pulsa como linguagem de vida, sensibilidade e cidadania.
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Márcio Wesley | DRT/BA 5469 | Jornalista | MBA em Comunicação | Licenciado em Arte | Instagram @marciowesleycnery
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Reviewed by Márcio Wesley
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outubro 01, 2025
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