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Fogo Simbólico uma chama que fortalece nossa história





 

Toda vez que o Fogo Simbólico da Independência chega a Lauro de Freitas sinto como se um sopro de ancestralidade renovasse nossa força e lembrasse que Lauro não é passagem. É raiz, é chão de luta e de gente que fez e faz história. É impossível não me emocionar vendo essa chama cruzar ruas, reunindo quem guarda a memória viva, misturando passado e presente.

 

Foi uma festa bonita. Mas precisa ser melhor cuidada para não se perder no tempo. Faço questão de reconhecer o esforço da Prefeitura de Lauro de Freitas, dos trabalhadores da cultura e de quem esteve junto para tudo acontecer do jeito que planejamos, sobretudo a nossa comissão formada por Ronaldo Santos e Kátia Cunha, que marcaram presença, além de tantos outros colegas que este ano não puderam comparecer.





Deixo aqui minha gratidão ao confrade Coriolano Oliveira, que está comigo desde o começo dessa caminhada, e ao amigo e historiador Diego Copque (Camaçari), que deu rumo no fortalecimento de toda pesquisa. 


Eu fiz minha parte como jornalista, juntei as pesquisas, documentos, publiquei, bati na porta da Fundação Gregório de Mattos e encontrei apoio em Fernando Guerreiro, gestor cultural que entende o valor das memórias de um povo. Foi ele quem abriu caminho para colocarmos Dias D’Ávila, Mata de São João, Camaçari e nossa Lauro de Freitas no mapa das comemorações.

 

Quero registrar também que a primeira vez que li sobre Lauro de Freitas na Independência da Bahia foi num artigo do professor Gildásio Freitas, publicado no Jornal Expressão. Na época eu era o responsável pela edição especial que celebrava nossa emancipação política. Ali percebi que era preciso dar voz a essa história esquecida.

 

A Frequesia de Ipitanga na luta pela Independência não é invenção. Ela é quilombola, caboclos, povos originários, homens e mulheres que deram suor, vida e sangue para garantir nossa liberdade. Cabe a nós contar isso adiante.


 



Escutei da prefeita Débora Régis palavras importantes. Disse que esse capítulo vai entrar na grade das escolas, o que já é um avanço se acontecer de fato. Falou também do museu, mas ainda sem prazo ou início das obras. 


Conversei com ela rapidamente sobre a necessidade urgente de criar um Núcleo do Patrimônio Histórico e Cultural, que possa dialogar com o Governo Federal, Estadual e cidades vizinhas, a exemplo de Salvador, que faz bonito na área dos museus. Saí da conversa sem garantia concreta. Entretanto, sigo fazendo a parte que me cabe: provocar as mudanças que a cidade almeja, neste caso, o museu municipal.      

 

Também defendo que Lauro de Freitas tenha seu Memorial da Independência da Bahia, assim como Simões Filho já tem. Esse é um dos deveres do Núcleo do Patrimônio que ainda precisa sair do papel. É duro ver que preservar memória ainda não é prioridade real. Sem memória não há futuro.


 


Lauro de Freitas não é só passagem. É permanência. É cultura viva. É história que não cabe em livro fechado. Precisamos do museu, do memorial da Independência, do núcleo, de rodas de conversas, de cortejos e de escolas para preservar essa história como ela é, desde cedo, para que todos possam saber sobre o seu passado.

 

Deixo meus agradecimentos, minhas cobranças e meu pertencimento. Que a Freguesia de Santo Amaro de Ipitanga continue viva em cada rua, não por lembrança, mas por presença viva de um passado histórico importante.



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Márcio Wesley | DRT/BA 5469 

Jornalista | MBA em Comunicação | Licenciado em Artes


Fogo Simbólico uma chama que fortalece nossa história Reviewed by Márcio Wesley on julho 03, 2025 Rating: 5

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