Onde está a SECULT de Lauro? A cultura cobra presença!

Por Márcio Wesley 

A ausência do novo secretário de Cultura e de sua equipe nos principais eventos tradicionais de Lauro de Freitas levanta um questionamento entre os artistas: onde está a equipe da Secretaria de Cultura nas manifestações que definem a identidade cultural da cidade? A gestão cultural precisa ir além e se fazer presente onde a história  acontece.

Neste sábado, 11 de janeiro, a tradicional Lavagem das escadarias da Igreja Matriz aconteceu, desta vez, pela força de vontade dos fazedores de cultura e da comunidade local. 

Sem o suporte ou a presença física de representantes da Secretaria de Cultura, artistas e lideranças se uniram para viabilizar o cortejo com recursos próprios e a solidariedade de uma vaquinha.

O resultado foi uma celebração simbólica, mas que expôs uma questão sensível: a falta de presença da nova gestão.

A cultura em Lauro de Freitas merece atenção (há anos), ela exige gestores que vivam e compreendam suas raízes, que estejam ao lado da comunidade não apenas como espectadores, mas como parceiros ativos na preservação e no fortalecimento das tradições. 

Que este alerta seja recebido como um convite à reflexão e à ação. Afinal, quem ama e faz cultura não pode esperar e a  história não perdoa omissões, e o povo sabe reconhecer quem realmente está ao seu lado.

Reflexão 

A ausência do secretário Mateus e de sua equipe nos eventos que abrem o calendário cultural de Lauro de Freitas não passou despercebida. Em conversas com mestres da cultura popular, a preocupação foi unânime: a falta de representação da Secretaria de Cultura nas tradicionais festas, (início desde ano) como nos desfiles dos três Ternos de Reis e agora no cortejo cultural durante a Festa do Padroeiro Santo Amaro de Ipitanga, evidenciando um distanciamento entre a gestão e as raízes culturais.

No entanto, a tradição não morreu. Ela sobreviveu, mais uma vez, pela força e resiliência dos fazedores de cultura e da comunidade. 

A todos que contribuíram – seja com tempo, recursos ou entusiasmo – fica o mais profundo agradecimento. Vocês mostraram que a cultura não é apenas um dever institucional, mas uma expressão de amor, pertencimento e resistência coletiva.

Que este momento sirva como um alerta para a gestão atual: a cultura de Lauro de Freitas é feita por pessoas que vivem e respiram suas tradições diariamente. Elas merecem reconhecimento, apoio e uma gestão presente. Afinal, a cultura popular é o alicerce da identidade de um povo, e mantê-la viva é um compromisso que deve ser honrado todos os dias.

Viva a cultura!

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Márcio Wesley 

Jornalista | MBA em Comunicação | Licenciado em artes