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Lauro de Freitas na Independência da Bahia


Lauro de Freitas no Dois de Julho

Ilustres combatentes que viviam em Ipitanga participaram do conflito, a exemplo de Luiz Antônio Pereira Franco e Anastácio Francisco de Menezes Dórea, que foram agraciados pelo imperador com o titulo de Cavaleiros da Ordem de Cristo 


 


Seu Nivaldo Santos Nery, 78 anos, nascido e criado nas terras de Santo Amaro de Ipitanga (atual Lauro de Freitas), participou da corrida do Fogo Simbólico. Seu Nery relata que o município fez parte dos festejos da Independência da Bahia e que em 1963, ele foi um dos corredores que representou a cidade recém emancipado na festividade. 


“Em 1963 o prefeito Celso Pinheiro convidou o pessoal da Base Aérea para representar Lauro de Freitas durante a comemoração da Independência da Bahia e eu fui um dos escolhidos por ser filho da terra”, explica seu Nery, militar aposentado da Força Aérea Brasileira.      

 


Bicentenário da Independência da Bahia
Nivado Santos Nery, 78, representou Lauro de Freitas
 em 1963 durante os festejos da Independência 


A Base era a principal instituição nas terras de Ipitanga e por este motivo o prefeito solicitou o apoio na representatividade da cidade na celebração.  Lauro de Freitas foi emancipada em 1962, era um período de transição territorial e a Base Aérea era integrada com a comunidade de Santo Amaro de Ipitanga, mas com a emancipação, passou para Salvador, entretanto, ficando parte das instalações militares, pista de pouso e decolagem dentro do “nosso município”, separada escandalosamente por um muro.





Lauro de Freitas precisa ser incluída nos
festejos da Independência da Bahia
  




“Eu era novinho, estava na PA (Polícia da Aeronáutica) e fui selecionado para a equipe que representou Lauro de Freitas na Corrida do Fogo Simbólico em 1963, que vinha de Cachoeira até Salvador. Estávamos todos numa Kombi acompanhando o nosso trecho e fazendo revezamento com os colegas. Corremos de Valéria até Pirajá, onde entregamos a tocha ao prefeito de Salvador (Virgildásio de Senna) que nos recebeu em frente a um coreto com uma filarmônica, foi muito bonito. Depois da corrida o prefeito Celso Pinheiro nos levou para uma churrascaria para comemorar a participação de nossa cidade nos festejos da Independência da Bahia”, descreve seu Nivaldo com esperança de que sua cidade possa ser inserida definitivamente na celebração, sobretudo este ano que se comemora o Bicentenário  da Independência.    

 


Contando a história

 

De acordo com o historiador Diego Copque e o professor e historiador Jair Cardoso, da Faculdade Regional de Filosofia, Ciências e Letras de Candeias, ambos debruçados em uma nova pesquisa, cujo o estudo aponta que no passado haviam dois circuitos de passagem do Fogo Simbólico em comemoração ao Dois de Julho. 



Diego Copgne
Diego tem dois livros publicados abordando a importância da nossa região 
nos conflitos durante a Independência da Bahia 
 


Esta pesquisa evidencia que alguns anos após a criação do circuito que sai de Cachoeira com destino à Salvador, fora criado outro, partindo do Litoral Norte que entre outras cidades, passava por localidades como São Sebastião do Passé, Simões Filho (Água Comprida) e Lauro de Freitas com destino a capital.

 


Santo Amaro de Ipitanga na guerra

 

Diego Copque acrescenta que no inicio do processo das lutas pela independência o contingente formado pela tropa baiana, ao sair do Forte de São Pedro na Cidade do Salvador depois de passar por Itapuã se dirigiram ao Engenho Japara na freguesia de Santo Amaro de Ipitanga, onde foram recepcionados e alimentados pelo proprietário do engenho, que era herdeiro do capitão português Manuel Rodrigues Barreto.





A tropa se dirigiu ao Engenho Japara na freguesia de Santo Amaro de Ipitanga. Os combatentes foram recepcionados e alimentados...



Itapuã estava inserida jurisdição militar da Casa da Torre de Garcia D’ Ávila, e fazia parte da freguesia de Santo Amaro de Ipitanga. Ilustres combatentes que viviam em Ipitanga participaram do conflito, a exemplo de Luiz Antônio Pereira Franco e Anastácio Francisco de Menezes Dórea, que foram agraciados pelo imperador com o titulo de Cavaleiros da Ordem de Cristo e João Ladislau de Figueiredo e Melo um latifundiário da região e senhor de um engenho denominado Caji em Santo Amaro de Ipitanga. Vale ressaltar que onde residia seu engenho de cana de açúcar funcionou uma espécie de hospital de campanha durante o conflito.

 


Primeira carroça alegórica 


João Ladislau atuou de forma ativa e bastante significativa nas lutas pela independência, no término da guerra foi agraciado pelo imperador D. Pedro I com o título de Cavaleiro da Ordem de São Bento de Avis e Major agregado do 3º Batalhão de 2ª Linha. João Ladislau era avô de José Alvares do Amaral, filho de sua filha Anna Figueiredo e Mello Amaral e de Antônio Joaquim Alvares do Amaral, que, junto com Joaquim José Pinheiro, arrecadou a soma de quatro contos de réis para a compra de mantimentos para a tropa baiana no ponto alto da guerra.




Família Amaral (Freguesia de Ipitanga) mandou construir o primeiro carro alegórico em homenagem ao 2 de Julho



José Álvares do Amaral, nasceu no dia 17 de outubro de 1822 no Engenho Caji e, além de neto materno do veterano de guerra, João Ladislau de Figueredo e Melo, era sobrinho pelo ramo paterno do tabelião de notas, Francisco Ribeiro Neves, que junto com Francisco José Corte Imperial e o cônego Manoel Joaquim de Almeida, mandaram construir o primeiro carro alegórico em homenagem ao 2 de Julho, dando inicio as primeiras comemorações logo depois da guerra.





Márcio Wesley | DRT/BA 5469

Jornalista com MBA em Comunicação
e Semiótica na linguagem artística | 
Licenciatura em Artes Visuais



Lauro de Freitas na Independência da Bahia Reviewed by Márcio Wesley on março 08, 2023 Rating: 5

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