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Lauro de Freitas, Camaçari e Dias D'Ávila - “Fazemos parte da história do 2 de julho”



Lauro de Freitas, Camaçari e Dias D´ Àvila
                 Viva ao 2 de julho!

 

Durante a semana de festividade do 2 de julho, publicamos histórias com episódios determinantes que marcam a participação dos municípios de Lauro de Freitas, Camaçari e Dias D’ Àvila na batalha da Independência da Bahia. As publicações deram força para que representantes destas cidades se unissem para garantir a inclusão dos seus territórios na comemoração, criando uma pequena comissão para tratar da pauta.    


A iniciativa surgiu entre um diálogo entre Coriolano Oliveira, que dedicou anos de investimento e de pesquisa historiográfica sobre Santo Amaro de Ipitanga (Lauro de Freitas) e região. O escritor e historiador de Camaçari, Diego Copque, um dos grandes pesquisadores no assunto, que inclusive publicou um livro recentemente e por mim, um jornalista apaixonado pela memória e cultura de nossa gente. Representando o município de Dias D´ Àvila, temos o empenho do secretário de cultura Diego de Aline e do vereador Júnior de Araci.  

 





O que nos uniu foi a paixão pela preservação da memória, cultura, tradições e a participação efetiva no 2 julho, onde nossas cidades tiveram papéis importantes e que não podemos deixar ser esquecida ou enterrada com a poeira do tempo. Não se pode planejar o futuro de um povo sem conhecer o seu passado!

 




Os estudos apontam e reforçam a importância da inclusão imediata destes municípios aos festejos. A conjuntura histórica está posta e atende aos interesses. O que a comissão e os representantes de suas receptivas cidades reivindicam é uma reparação neste sentido. Os fatos existem e são referenciados em livros e documentos, “o que nós queremos é que nossas cidades sejam incluídas na festividade da Independência da Bahia e que o fogo simbólico passe pelos nossos territórios”, esclarece a comissão que vem sendo formada para discutir o assunto.



                  Márcio Wesley, Diego Copque e Coriolano Oliveira 



O primeiro encontro foi realizado nesta quarta-feira, 07 de julho, em Lauro de Freitas com o objetivo de estreitar relação e dar início a um denso cronograma com documentos, dados, pesquisas, referências e fatos históricos que comprovam a participação dos municípios de Lauro de Freitas, Camaçari e Dias D´ Àvila. Passamos mais de quatro horas numa prazerosa reunião discutindo e avaliando documentos que comprovam,  dão clareza e chancela a iniciativa. 



          O primeiro encontro foi em Lauro de Freitas  
 


 

Coriolano Oliveira

 

Este encontro é um momento extremante feliz e de realização pessoal, onde a gente reconhece a importância do trabalho da pesquisa historiográfica. Sem dúvida alguma,  um dia especial porque falamos sobre muitos assuntos pertinentes, inclusive, do ilustre esquecido filho desta terra, José Alves do Amaral, uma figura importantíssima para nossa cidade e para o contexto do 2 de julho. 

Para mim está sendo uma oportunidade de dialogarmos, trocarmos conteúdos, pesquisas e informações importantes entre os municípios. No passado os engenhos destas cidades também possuíam uma relação pujante. Conhecer Diego Copque me deixou esperançoso com a possiblidade real de inserirmos Lauro de Freitas, Camaçari e Dias D' Àvila nas comemorações da Independência da Bahia e no roteiro do fogo simbólico.

 


Lauro de Freitas no 2 de Julho  1968
             Foto | arquivo do historiador Emanuel Paranhos 


Na fotografia acima avistamos o prefeito de Lauro de Freitas, Amarílio Tiago dos Santos, entre 1967 e 68, ao lado da comunidade e de corredores que representaram a cidade num dos últimos anos que o município participou ativamente dos festejos do 2 de julho. 

       

  

Diego Copque     

 

Gostaria de agradecer pelo convite, me sinto honrado. No meu entendimento, hoje é um marco não apenas pessoal, porque é imensa a satisfação de estar aqui dialogando com importantes figuras como é você (se referindo ao humilde jornalista) e o nosso amigo Coriolano. Hoje é um marco para história, cultura e a memória das cidades de Lauro de Freitas, nossa antiga Ipitanga, Camaçari e Dias D´Àvila. 


Ao falar da história dessas três cidades não podemos perder de vista que no século XVI, quando foi fundada a Freguesia de Santo Amaro de Ipitanga, sua extensão territorial era até Inhambupe, próximo a Alagoinhas. E dentro desta freguesia tínhamos o aldeamento do Espírito Santo, que veio a tornar-se Vilas de Abrantes e a Feira de Capuame, hoje, Dias D´ Àvila. Isto mostra que desde os primórdios desses territórios nós temos uma identidade próxima, sendo municípios coirmãos. O hino do Dois do Julho, que se tornou o Hino da Bahia, foi escrito por Ladislau dos Santos Titara, que nasceu em Capuame, (Dias D'Àvila). Ladislau era militar, participou ativamente dos combates da Independência da Bahia e foi um dos principais cronistas da guerra. Em uma de suas crônicas intitulada de Paraguaçu, ele fala de Ipitanga, Camaçari, Rio Joanes, Rio da Prata (que fica em Camaçari) e da importância do fechamento da Estrada das Boiadas no contexto da Independência.

 

 

Do joanes ao jacuípe, uma história de muitas querelas, tensões e disputas locais
           "Do Joanes ao Jacuípe, uma história de muitas querelas, tensões e disputas locais"          



Educação 

 

Este projeto será importante para que possamos compartilhar com os professores e estudantes a consciência sobre o patrimônio cultural (local) e a necessidade da preservação da memória e tradições. Através da educação é que alcançamos as comunidades, elevando a importância da nossa história e do sentimento de pertencimento.  


 


         "De Ipitanga a Lauro de Freitas, narrativas históricas do povo Ipitanguense"    
 


Turismo


O turismo é um dos setores mais importantes para a economia e, consequentemente, para a geração de emprego e renda. De acordo com o Relatório de Impacto Econômico (EIR) de 2020, elaborado pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), em 2019, o segmento representou 10,3% do Produto Interno Bruto (PIB) global, ou seja, em cada 10 empregos no mundo, 1 é desse setor. Só no Brasil, mais de 7 milhões de pessoas trabalham nesse ramo, o que corresponde a 7,9% do total de empregos do país, conforme o WTTC.  Desse modo, o festejo do 2 de julho, será importante para o calendário de festividade das cidades e uma oportunidade de renda para o setor turístico: hotéis, pousadas, restaurantes e o comércio de modo geral.    








Cultura

 

Preservar a memória é manter viva a história de nosso povo. O conhecimento sobre o nosso passado faz com que possamos preservar de geração em geração as nossas tradições, conquistas e cultura.   

 


 


 

 


Márcio Wesley | DRT/BA 5469
Jornalista com MBA em Comunicação 
e Semiótica na linguagem artística



Lauro de Freitas, Camaçari e Dias D'Ávila - “Fazemos parte da história do 2 de julho” Reviewed by Márcio Wesley on julho 08, 2021 Rating: 5

3 comentários:

  1. Obrigado pelo conhecimento desse e muitos outros fatos que não tinhos acesso .luz

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  2. Obrigado pelo carinho. Estamos juntos nesta jornada cultural...

    ResponderExcluir
  3. Salve o conhecimento, a história e a dedicação. Tudo feito com "amor" evolui porque é da essência do querer fazer realizar.

    O 2 de julho de 1823 marca a independência da Bahia e a consolidação da independência do Brasil, iniciada em 7 de setembro de 1822.

    Que as fontes do saber continuem emergindo nestas mentes calorosas.

    Gratas saudações!

    ResponderExcluir

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