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Historiador Diego Copque lança livro: "Do Joanes ao Jacuípe"...



Diego Copque
      Obra do pesquisador e historiador Diego Copque 

 



A nossa conversa é com o escritor Diego de Jesus Copque, Bacharel e Licenciado em História, 46 anos, residente em Camaçari desde 1984 e três filhos: Caique, Diogo e Maria Catarina. Copque também é pesquisador, poeta, compositor e autor do 'Miscigena Blues', projeto musical que celebra a diversidade étnica e cultural a partir da fusão do blues americano com a Música Popular Brasileira.

Como historiador acabou de lançar seu livro: "Do Joanes ao Jacuípe, uma história de muitas querelas, tensões e disputas locais". É colunista do site Camaçari Agora, onde tem diversos artigos publicados e autor da poesia 'Lei da Escravidão', publicada em 2019, no livro Antologia Poética Internacional Vol. IV. Autor do texto que compõe a orelha do livro Antologia Poética Vol. XIV, ambos publicados pela Cogito editora.




Diego Copque
            Diego elaborou leis importantes para o município de Camaçari  




Consultoria cultural...

   

Prestou serviço de consultoria para elaboração de Projetos de Lei na Câmara de Vereadores de Camaçari como: Projeto de Lei - 030/2019, que insere no conteúdo programático do ensino médio I e II a obrigatoriedade do ensino da História local. Projeto de Lei - 034/2019, que reconhece a data de fundação do Aldeamento do Espírito Santo, a partir do festival cívico de Abrantes e o Projeto de Lei - 057/2019, que declara a festa do Divino Espírito Santo de Abrantes como patrimônio cultural histórico e imaterial de Camaçari. Diego também promoveu uma série de palestras em escolas da rede pública e privada do município de Camaçari, no ano de 2019, com o objetivo de difundir a história do município.




Rio Joanes
                 Rio Joanes começo dos anos 2000 



 

Merecida homenagem...


Em 2019 foi homenageado pela Câmara de Vereadores de Camaçari, através de uma Moção de Aplausos, por ter revelado através de estudo científico a verdadeira data de fundação da cidade de Camaçari e pelo feito recebeu merecidamente a Medalha Desembargador Montenegro, maior honraria da cidade em virtude da relevância de seus estudos.

 

Pesquisador...  

Integrou a equipe responsável pelo processo de Tombamento da Igreja do Espírito Santo de Abrantes, Camaçari. Atualmente desenvolve uma pesquisa Historiográfica a convite da Université d’ Provence Aix-Marseille, da França, através da Professora Drª. Ernestine Carreira, diretora do Département Etudes portugaises et brésiliennes, sobre a trajetória comercial da família portuguesa "Ribeiro Neves", quando se transmigraram de Portugal para o Brasil, em meados do século XVIII.

 



       "Sofri um terrível ataque de racismo e o incidente gerou ocorrência policial" 




A vida...

    

Desde criança sempre fui apaixonado por música e história. Em fevereiro de 2000, quando exercia a função de auxiliar administrativo da empresa Termontec, empresa terceirizada a Copene, atual Braskem, sofri um terrível ataque de racismo. Esse incidente gerou uma ocorrência policial e um processo número 3.691/2000, que foi arquivado como ocorre com os processos de racismo no Brasil.

Seus estudos tiveram origem a partir de uma pesquisa genealógica para descobrir a origem do sobrenome da sua família paterna – Copque, que se pensara ser de origem africana, e, por conseguinte, ao encontrar um antigo jornal cuja manchete era “Migrantes chegam a Camaçari em busca de uma vida melhor", passou a se interessar em conhecer a origem da cidade de Camaçari.




Paróquia do Divino Espírito Santo, Vila de Abrantes 


 


Paixão pela história


Passei a pesquisar e reunir todas as fontes e documentos que eu encontrava relacionados a Vila da Nova Abrantes do Espírito Santo (Vila de Abrantes) e ao município de Camaçari. Em seguida busquei estudar e me graduar como bacharel e licenciado em história pela Universidade Católica do Salvador, para saber trabalhar e interpretar as fontes encontradas. O cerne desse estudo, além das querelas e tensões locais, gira em torno de uma emblemática discussão relacionada ao marco de fundação do município de Camaçari, que conserva em Vila de Abrantes uma igreja que possui 462 anos, tendo, oficialmente, o município apenas 262 anos. Ora, tendo como marco fundante o momento em que o Aldeamento do Espírito Santo, 200 anos após sua fundação, se tornou Vila da Nova Abrantes do Espírito Santo. Camaçari completa, no dia 29 de maio de 2021, 463 anos de fundação, distinto dos 263 anos comemorados a título de elevação do antigo aldeamento ao status de vila. Esse fato é apenas um entre tantos convites para um novo olhar, e muita quebra de paradigmas fustigados por essa obra.

 





       Rio Joanes final da década 1990  




Breve resumo da obra  


A história social, considerando as relações de poder, são as bases desse trabalho. Essa foi, estrategicamente, dividida em quatro partes. Na primeira parte o foco recai nas relações políticas entre o poder local e o poder metropolitano sediado em Lisboa, capital do reino de Portugal, utilizando como ponto de partida para passear pela história de Camaçari e dos municípios de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Dias D’ Ávila e Mata de São João, através de uma querela entre o capitão João Francisco da Costa, membro de uma importante família portuguesa, e o padre José Pereira Pinto em torno da construção de uma ponte sobre o Rio Joanes. Essa controvérsia conduzirá o leitor a compreender a gênese do sistema de pedágio e travessia do Rio Joanes. Nesse contexto foi possível discutir a formação de quilombos na região e ainda fazer uma surpreendente discussão etimológica dos nomes indígenas de grande parte dos acidentes geográficos e de algumas localidades situadas na região.

 

Segunda parte    

Se ocupa da reconstituição da sociedade local da Vila da Nova Abrantes do Espírito Santo. Dentro desse contexto, o autor buscou desvelar os mecanismos utilizados por determinados grupos sociais para a conquista, controle e manutenção do poder local, que era representado pela Câmara de Vereadores e pelos arrendatários de terras na Vila de Abrantes, mostrando como se deu as tentativas e manobras para o espólio das terras dos índios da vila.



 

      O rio Joanes dividi os municípios de Lauro de Freitas e Camaçari 




Terceiro episódio   


Trata dos desdobramentos do legado patrimonial deixado pelo capitão João Francisco da Costa, culminando na acusação por parte dos familiares de seu sobrinho, Luís da Costa Guimarães, de ele ter sido assassinado por seu compadre, Antônio Esteves dos Santos, em razão dos bens que havia recebido por herança de seu tio, João Francisco da Costa, que foi um dos maiores latifundiários da região, pois suas terras tinham início em Santo Antônio do Rio das Pedras, hoje bairro de Valéria, Salvador, e se estendia até o Engenho Água Comprida na freguesia de São Miguel de Cotegipe (hoje Simões Filho), onde era proprietário de três engenhos de cana-de-açúcar. Suas propriedades continuavam até a Feira de Capuame, hoje município de Dias D’Avila.



 A Independência da Bahia foi um movimento iniciado 
em 19 de fevereiro de 1822 e com desfecho em 2 de julho de 1823




Ainda neste capítulo o autor examina o processo de implementação da lei de terras, que buscava legitimar a posse de terras no Brasil observando seu resultado prático na Vila de Abrantes. Mesmo não sendo tema específico deste trabalho, o autor destaca a importância da “Estrada Real das Boiadas”, que passa por grande parte da região. Estrada esta que foi usada como peça fundamental na “Guerra de Independência do Brasil na Bahia”.

 

Último capítulo

Neste capítulo o autor lança à trajetória de algumas famílias residentes em Camaçari desde o século XVIII. Entre as diversas famílias, destaca Pereira das Chagas; Souza Campos; Carrilho; Silva Paranhos; Montenegro; Coelho Guimarães, além de outras que se entrecruzam inclusive com descendentes dos índios do primitivo aldeamento e que não se reconhecem como descendentes dos povos originários devido ao apagamento de suas memórias ancestrais.

 

Adquira a obra

 

A publicação do livro foi contemplada na categoria Linguagens Culturais Diversas pela Lei Aldir Blanc, através do edital 002/2020, da Secretaria da Cultura de Camaçari. A obra está disponível em sistema de pré-venda. Os interessados devem entrar em contato através do (71) 99396-5422. O livro custa R$60, "solicite que entregamos em sua residência com a taxa adicional de entrega", avisa o autor Diego Copque.  


Instagram @diego_kopke
Facebook Diego Kopke






Márcio Wesley | DRT/BA 5469

 Jornalista | MBA em Comunicação 
e Semiótica na linguagem artística 
Licenciando em História 
www.blogdomarciowesley.com.br
Historiador Diego Copque lança livro: "Do Joanes ao Jacuípe"... Reviewed by Márcio Wesley on maio 05, 2021 Rating: 5

3 comentários:

  1. Sua matéria é suvestiva para a leitura, Márcio!! Parabéns ao autor pela obra!!!

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    Respostas
    1. Obrigado pelo carinho, estamos juntos nesta luta..
      Márcio Wesley

      Excluir

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