Igor Almeida: “faz tempo que não vejo o desenvolvimento de políticas públicas na cultura”
Por Márcio Wesley
“Fui
acompanhar meu irmão Eric numa dessas aulas de música nas Aldeias com
maestro Clécio, quando vi um músico montando um trombone e começando a tocar,
fiquei alucinado. A partir desse momento foi amor à primeira vista, me encantei
com o timbre e o instrumento. Me apaixonei com o desing do trombone e por
não conter chaves, botões e pistos”, lembra.
Inspirações...
Giram
em volta da música brasileira e de nomes como Raul de Souza; Serginho Trombone;
François Lima; Rafael Rocha; Bocato; Letieres Leite; Gabi Guedes, são
tantos que é difícil de citá-los...
Principais projetos...
Vamos
direto à novidade, nesta sexta feira 26 de março, estarei lançando um
single “Amanhecendo”, que faz parte do meu projeto chamado Igor Almeida e Grupo
Ori Ese. Um projeto autoral no qual faço uma fusão da música brasileira
com a música matricial africana, aqueles ritmos tocados nos terreiros de
candomblé, podemos citar alguns:
opanijé, vassi, agueré, alujá, samba de roda e dentre outros.
Carreira artística...
Acompanhei
vários artistas e bandas como Timbalada; Netinho; Araketu; Denny Dennan;
Cheiro de Amor e atualmente estou com a cantora Claudia Leitte. Recentemente fizemos a
Live “O Trio” com as cantoras Ivete e Claudinha, foi uma experiência incrível.
Participei também de um festival intimista aqui em nossa cidade, ‘Primeira Mostra Jazz
de Lauro’ e fiz alguns shows com meu projeto autoral em vários lugares.
Na pandemia...
Neste
período estou estudando o meu instrumento, finalizei algumas pendências de
projetos musicais e uma delas estou lançando hoje. Casei recentemente e fiz uma
filha. Muito tempo em casa deu nisso, risos...
Políticas públicas culturais...
Sinceramente,
meu sentimento diante desse cenário é de abandono. Faz bastante tempo que
não vejo nenhum tipo de política pública que promova e desenvolva a
cultura local e ou nacional. Lauro de Freitas é uma cidade riquíssima em cultura
com grandes músicos que rodam o mundo tocando com artistas nacionais e
internacionais e nada disso é valorizado aqui.
O candomblé...
Em
2015 a convite de um primo, Marcus Barbuda, fui a uma festa de Caboclo no terreiro
Ilê Axé Odé Yeyê Ibomin, em Portão, onde tive meu primeiro contato com a
religião e de presente fui suspenso como Ogan da casa. Nos cultos e festas no
terreiro buscamos muito a evolução espiritual e o autoconhecimento. Entender e
aprender a hierarquia e o respeito aos mais velhos. Me sinto extremamente
orgulhoso de poder fazer parte de uma religião tão bonita e séria.
Considerações finais...
Márcio Wesley | DRT/BA 5469
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