Cultura sem apoio: artistas vendem seus instrumentos!
A valorização dos profissionais da cultura permanece há um ano no limbo. Uma cidade onde não se discute formas de incentivar e assegurar a sobrevivência dos seus artistas, não precisa de uma 'pasta cultural', melhor entrar em lockdown definitivamente. Mas se o município pretende manter a Secretaria de Cultura e a condução de políticas públicas culturais, é necessário planejar urgentemente a elaboração de um edital emergencial com recursos do Fundo Municipal de Cultura.
Os profissionais da
arte estão sem trabalhar e a pergunta que não quer calar, como sobreviver
durante este período? Sinceramente não sei responder! É preciso criar
alternativas e o edital é uma maneira inovadora e democrática de garantir
minimamente a sustentabilidade dos artistas, além de ser uma forma criativa de
entretenimento para a população que está em casa.
Durante este período o campo digital
deve ser o palco para apresentações multiculturais existentes no município:
através de lives, palestras, cursos, exposições, workshops, arte-educação, shows intimistas, cultura popular, contação de histórias, lançamento de e-books, memorial digital, exposições. Ficar em casa é preciso e o lockdown é
necessário para conter o avanço do vírus e os artistas compreendem está
necessidade.
As
cortinas estão fechadas e as dificuldades rodando diariamente. Estamos em um
navio à deriva e os artistas com as mãos na cabeça. Tenho amigos vendendo
seus instrumentos para tentar pagar contas: luz, água, aluguel, comida,
internet. E até o momento nenhum plano foi lançado na cidade para diminuir
o impacto desta triste realidade. Torço para que algo seja feito logo!
Márcio Wesley | DRT/BA 5469
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