Encontro Deus na música!

Cada um tem sua experiência e pode encontrar Deus em lugares distintos e os caminhos são intermináveis, pessoal e mutáveis... 

  

Deus está dentro de nós e em tudo que expressa vida! Na arte é luz, refúgio e cura da alma...

Simplesmente deixo fluir as energias e entro em equilíbrio com a onda eletromagnética sobrenatural ao meu redor...

Brotando como um pequeno farol caminho compartilhando o ornado iluminado da expressão. Buscando espaço dentro da natureza humana na tentativa de compreender minha pequenez em flashes com o Divino. 

   

Com o Bago de Jazz no Festival de Jazz de Cachoeira - Bahia   

Surge a sensação de liberdade que nos faz viajar para o autoconhecimento. Percebo o sopro da existência que desconecta e religa preenchendo o oco... 

Já tive algumas boas vivências, mas nada é comparável com a minha conexão com o Criador através da música instrumental ao lado dos meus companheiros do Bago de Jazz,  especialmente. 

Nos entregamos descalços, de corpo e alma! Muitas vezes saio de mim e entro numa viagem... Não sou mestre e nem pesquisador da música instrumental. O virtuosismo passa longe... 

Sou músico autodidata, vivo  minhas experiências e deixou fluir as energias... 

A música instrumental é algo novo, uma benção encantadora que entrou sem querer no meu caminho...  

Este gênero musical me transporta e eleva meu espírito. Não sei explicar exatamente, apenas sinto a sua iluminada extensão.    

 

Quarteto Bago de Jazz 

E se lermos um pouco sobre as experiências que muitos líderes religiosos tiveram durante a história da humanidade veremos que eles sentiram a presença de Deus de forma diferente. Moisés viu Deus em uma moita; Buda sentiu a luz debaixo de uma árvore e Maomé experimentou Alláh em uma montanha. E assim Deus se revela... 

O disco que materializaria o jazz espiritual de Coltrane é também considerado sua obra-prima. A Love Supreme, lançado em 1965, além de levar a fundo os anseios experimentais de John Coltrane, trazia em meio à música uma especie de ideologia meditativa, da busca pelos limite da consciência. Toda essa fase na vida de Coltrane fez com que ele se interessasse em compreender o mundo através de estudos inspiradores. Foi do Hinduísmo à Cabala, passou pelo Jiddu Krishnamurti, ioga, matemática, ciências, astrologia, história da África, chegando até Platão e Aristóteles...

Márcio Wesley | DRT/BA 5469

Jornalista | MBA em Comunicação 

e Semiótica na linguagem artística