Museu Histórico e da Arte Ipitanguense: “guardião da memória e identidade de Lauro de Freitas"
Igreja da matriz fundada em 1608 |
Neste dia do Patrimônio Histórico, celebrado em 17 de agosto, venho como pesquisador e defensor da preservação da cultura e memória de Lauro de Freitas destacar uma questão que tem sido frequentemente levantada pela comunidade sobre o futuro museu de Lauro.
Muitos me perguntam sobre o andamento do
projeto, se existe uma concepção definida, quando será construído e qual será o
nome oficial deste espaço tão aguardado. Infelizmente, ainda não tenho
respostas para todas essas questões.
Há dois anos Lauro foi inserida nos festejos da Independência da Bahia |
Minha sugestão é que a gestão municipal crie um núcleo dedicado exclusivamente a essa pauta, composto por profissionais qualificados que possam se debruçar sobre o conceito, o projeto arquitetônico e outros aspectos essenciais para a realização deste espaço cultural. Um projeto tão importante não pode ser tratado com superficialidade; ele deve ser cuidadosamente planejado para refletir a rica história da nossa cidade.
Segunda sede da Prefeitura de Lauro de Freitas construída em 1983 |
Há
décadas, visito museus em várias partes do Brasil, viajando com minha família
sempre que possível, com recursos próprios. Essas experiências têm sido valiosas
para entender as tendências de museus contemporâneos e para contribuir com
ideias para a concepção do nosso próprio museu aqui em Lauro de Freitas.
Roda de conversa na Feira da Mata sobre a importância da preservação da memória |
A minha sugestão de nome para o nosso futuro museu: “Museu Histórico e da Arte do Povo Ipitanguense”, não é apenas um desejo pessoal, mas uma necessidade para a preservação e valorização da nossa história, que remonta ao século XVI.
Pintura do saudoso Sivú Art's |
Este museu será um marco, narrando a trajetória da cidade desde os tempos dos povos originários, passando pela colonização jesuítica, as lutas por liberdade dos povos africanos, a participação na batalha pela Independência da Bahia, a emancipação política e dentre outros temas relevantes.
E, claro, incluir os movimentos artísticos contemporâneos, como hip-hop, dança, poesia, música, cultura popular (samba de roda, bumba-meu-boi, capoeira, terno de reis, festas populares e tradicionais), literatura, artes plásticas, audiovisual e muito mais.
Samba de roda do Quilombo do Quingoma |
Almejo um museu vivo, participativo, que sirva como guardião da nossa memória histórica e como elo entre as gerações, fomentando um senso de pertencimento e identidade. Um espaço dinâmico, com exposições permanentes e temporárias, onde estudantes, pesquisadores e a comunidade em geral possam explorar e entender as raízes de Lauro de Freitas, além de servir como palco para a cultura popular e contemporânea.
Capoeira e grupos de cultura popular raízes da nossa gente |
O Museu Histórico e da Arte Ipitanguense, será um ponto de referência para a educação patrimonial e para a promoção da cultura, fortalecendo a identidade local e garantindo que a memória do passado continue a inspirar as gerações futuras.
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Márcio Wesley
Mes de setembro é comemorado a primavera dos museus, quem sabe Lauro de Freitas não ganha como presente essa pedra fundamental. Um sonho tão necessário para a memória do povo ipitanguense, é fundamental lembrar que preservar o patrimônio é preservar a nossa identidade coletiva.
ResponderExcluirKátia Cunha
Seguimos na torcida e com esperança de conseguirmos realizar esse sonho!
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