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Fernando Gimeno, “a luta pela emancipação foi dura” - Dias d'Ávila, de 1549 a 2017



Dias d' Ávila,  Fernando Gimeno
   No dia 25 de junho de 1984, foi publicada a lei que ratificava os  limites do município. Porém só em 25 de fevereiro de 1985 foi oficialmente confirmada  a emancipação de Dias D'Ávila




Dias d’Ávila, de 1549 a 2017, não chega a ser um livro, é mais um opúsculo que procura, nas suas 133 páginas dar uma ideia da beleza histórica local e resgatar as raízes dessa terra 


Fernando Gimeno

                                


 

Estamos numa empreitada tentando unir as cidades de Lauro de Freitas, Camaçari e Dias d’Ávila em uma reparação histórica embasada em pesquisas e publicações com o objetivo de inserir estes municípios nos festejos da Independência da Bahia. Assunto que venho debatendo com certa frequência aqui em nosso blog com amigos que possuem o entendimento acerca desta importante pauta.

 



Fernando Gimeno
Homenagem da Câmara, 25 anos de Emancipação de Dias d' Àvila (Fernando no centro)   
            



Pesquisando na internet tive a sorte de encontrar o escritor  Fernando Gimeno, que escreveu “Dias d’Ávila, de 1549 a 2017”. Entrei em contato e ele cordialmente me respondeu. Trocamos algumas figurinhas, apresentei a iniciativa referente ao 2 de julho e o perfil do nosso humilde blog. Estamos estreitando laços culturais neste sentido. O interessante é que abriu uma janela para além de nossas cidades, estamos tendo a oportunidade de sair "da bolha local" e começarmos um intercâmbio cultural. 


Portanto, a jornada só está começando e hoje iremos conhecer a história do nosso convidado especial, o escritor e pesquisador Fernando Gimeno, um agitador literário e uma importante referência cultural da nossa região metropolitana.




Breve História de Dias d' Ávila
                                   




Chegando em Dias d' Ávila...                       


Em 1971, na juventude dos meus 24 anos, vim para a Bahia com uma excelente proposta de emprego no então nascente Polo Petroquímico. No aeroporto uma Kombi da empresa me aguardava e trouxe-me diretamente a Dias d’Ávila. Portanto, meu primeiro contato com a Bahia, há 50 anos, foi o distrito, na época, pertencente ao município de Camaçari.



        Foto ilustrativa | internet




Devido à excelência de suas águas, foi elevada à condição de Estância Hidromineral em 1962 e, como tal, gozava de privilégios como ter uma certa autonomia, pois possuía um administrador que se reportava diretamente ao governo do estado




A vila devido à excelência de suas águas, foi elevada à condição de Estância Hidromineral em 1962 e, como tal, gozava de privilégios como ter uma certa autonomia, pois possuía um administrador que se reportava diretamente ao governo do estado. E a vila tornou-se em pouco tempo afamada e local de veraneio, onde aqueles que buscavam um sítio para repouso aqui encontravam um espaço bucólico, com cerca de três mil habitantes fixos. 


A figura do aguadeiro, do caseiro, jardineiro ou de outros serviços domésticos, além de um comércio pequeno e inconsistente, era o que movia a economia. Os veranistas e visitantes eram o motor da vila.



        Hotel Balneário 1970/80  



O “boom” do Polo veio em 1976 com a construção da Central de Matérias Primas e a implantação e montagem das diversas indústrias que se implantavam em Camaçari; tal fato trouxe à vila, um inchaço demográfico transformando as agradáveis chácaras e vivendas dos veranistas em repúblicas para abrigar os operários que vinham trabalhar nas empreiteiras. E a cidade começou a perder a sua simplicidade em nome de um “progresso” que extinguiu as poucas raízes existentes. Esse foi o motivo que levou um grupo de moradores a ter anseio pela emancipação política do distrito.




            Gimeno na Sessão Solene do primeiro aniversário 
de emancipação de Dias d'Ávila



A luta pela emancipação foi dura e árdua. Um punhado de pessoas com um sonho contra os dois principais poderes da Bahia: o governo do estado e a prefeitura de Camaçari, que já se estabelecia como os mais importantes municípios, fora a capital. Durou cinco anos o período entre o início da luta e a decisão final através do plebiscito que elevou Dias d’Avila à condição de cidade. Deste grupo inicial somente dois remanescentes permanecem ainda vivos: Gilson Galvão de Souza, comerciante e eu, Fernando Gimeno.



           Posto médico em 1985 



Em 2017, trinta e três anos após a emancipação, a memória dos fatos foi enfraquecendo. O município que no ano da emancipação contava com cerca de doze mil almas, hoje ultrapassa a barreira das oitenta mil. Gente que veio de fora atrás do emprego e se estabeleceram, alguns de forma fixa, outros de forma flutuante ou temporária outros, ainda, para “passar uma chuva”. Devido a essa falta de raízes e com o objetivo de não deixar passar a história, pois “povo sem história é povo sem memória”, dispus-me a escrever um livro revelando parte daquilo que vivi durante mais de cinco anos, percorrendo gabinetes e apreendendo a colecionar as respostas negativas e “fazer das tripas coração” para continuar uma luta titânica, onde se tentava mobilizar uma população que nunca ouvira falar de Dias d’Ávila antes.

 


          Jornal "O Imbassaí" lançado e produzido
 por Fernando Gimeno  





“Dias d’Ávila, de 1549 a 2017”           



Não chega a ser um livro, é mais um opúsculo que procura, nas suas 133 páginas dar uma ideia da beleza histórica local e resgatar as raízes dessa terra que, como cidadão dela por título outorgado pela Câmara Municipal, tenho orgulho em dizer que também é minha e a qual amo. 

Atualmente estamos fundando a “Sociedade Cultural Raízes de Dias d’Ávila” com objetivo de resgatar os valores históricos do município e tentar motivar a população a abraçar sua cidade, transformando-a na “Princesinha do Polo”, cujas famílias se orgulhem das tradições locais e regionais.

 



Fernando Gimeno

Escritor e autor dos livros “Arcanos da Eternidade”, publicado pela Chiado, Editora de Portugal; “Trilhas Convergentes”; “O Casarão de Samambaias”; “Os Doze Degraus do Templo Sagrado”; “Páginas Soltas de um Caderno velho”; “Breve História de Dias D'Ávila”; “Uma Viagem à Procura da Luz”; “A alma no reflexo da vida”; Ensaios poéticos com a brochura “Poesias Diversas” e vários artigos, contos, crônicas e outros gêneros literários publicados no site (www.fergicavalca.com.br).


Participação em duas antologias editadas pela Literarte, três pela Elos Escritores, uma Internacional pela Chiado Editora, menção honrosa por participação pela Academia de Letras e Artes Buziana de Armação de Búzios, membro da ACLAV – Academia de Ciências, Letras e Artes de Vitória – ES, indicação para o prêmio de destaque poético da ALAF – Academia de Letras e Artes de Fortaleza, Ceará, indicação para participar da Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture – Paris/ France.


Membro e diretor de Comunicação da AMALBA - Academia Maçônica de Letras da Bahia; Membro da Academia Maçônica Fluminense de Letras; Membro da Casa do Escritor Baiano; Moção de aplausos conferida pela ACLAV; Prêmio de melhor livro de psicologia e autoajuda de 2014 para Trilhas Convergentes, conferido pela LITERARTE.  




Adquiria o livro “Dias d’Ávila, de 1549 a 2017”

          

        





Márcio Wesley | DRT/BA 5469
Jornalista com MBA em Comunicação 
e Semiótica na linguagem artística


Fernando Gimeno, “a luta pela emancipação foi dura” - Dias d'Ávila, de 1549 a 2017 Reviewed by Márcio Wesley on julho 19, 2021 Rating: 5

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