Boca de Brasa: cultura com estrutura e compromisso

Por Márcio Wesley 

No bairro de Valéria, em Salvador, o Boca de Brasa se firmou como um equipamento público que mostra, na prática, o que pode ser uma política cultural levada a sério. Instalada no CEU das Artes, a iniciativa é exemplo concreto de que cultura de base comunitária precisa de espaço, estrutura e gestão comprometida.

Com dois camarins com banheiros privativos, 124 cadeiras para o público, sistema de som e iluminação preparados para diferentes tipos de apresentações, o espaço oferece condições reais para o trabalho de artistas, produtores e técnicos.

Mas não é só isso. O que acontece ali vai além das paredes. O Boca de Brasa Valéria abriga oficinas, feiras culturais, apresentações musicais e teatrais, encontros entre gerações e saberes. É um ponto de ligação onde a arte circula com respeito e continuidade.

Centros culturais como este têm papel decisivo na formação de público, na profissionalização de artistas, na ocupação saudável do tempo, na circulação de ideias e no fortalecimento das comunidades. São ferramentas de convivência, orgulho e transformação.

Como disse Gilberto Gil: “A cultura é um bem essencial. Assim como o pão, o teto e a escola. Sem cultura, o povo perde a referência de si mesmo”.

A experiência do Boca de Brasa Valéria mostra que é possível implantar políticas culturais estruturadas, com continuidade e impacto social. Que outros municípios aprendam com esse modelo.

Meus parabéns à Fundação Gregório de Matos e a todas as pessoas envolvidas neste projeto. É isso que esperamos da gestão pública: compromisso com a cultura como parte fundamental da vida das comunidades.

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Márcio Wesley | DRT/BA 5469 

Jornalista | MBA em Comunicação | Licenciado em Artes