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Jornalismo comunitário e a pressão política



Márcio Wesley, jornalista, produtor cultural e professor de Artes
Márcio Wesley, jornalista e produtor cultural 



No cenário do jornalismo contemporâneo, há um embate constante entre os interesses políticos e a liberdade editorial, suscitando questionamentos profundos sobre o verdadeiro propósito da imprensa nas comunidades.


Recentemente, tive uma conversa com uma figura política ligada ao setor de comunicação, que destacou as oportunidades de interseção entre comunicação e política.


Fui questionado sobre a ausência de cobertura política em meu blog e defendi firmemente minha abordagem editorial, enfatizando minha preferência por temas que transcendem o cenário político convencional. Em vez disso, minha atenção está voltada para assuntos culturais, notas, artigos,  entrevistas autorais e reflexões sobre o papel das artes na sociedade. Isso não quer dizer que eu não tenha lado dentro da política, óbvio que tenho minhas preferências. Mas isso não vem ao caso! 


Entretanto, a pressão persistiu à medida que o “comunicador politizado” insistia na necessidade de alinhamento com a agenda governamental para garantir reconhecimento e benefícios. Em resposta, reafirmei minha convicção de que o verdadeiro valor reside na integridade jornalística e na capacidade de impactar positivamente a comunidade, mesmo que isso implique abdicar de certas vantagens e privilégios.


Jornalismo e o puxa-saquismo

Expliquei o impacto positivo do nosso blog na comunidade, destacando nosso papel como fonte de pesquisas acadêmicas, promoção cultural, educacional e na preservação da memória. Reforcei o posicionamento com a defesa da liberdade de expressão e da diversidade de perspectivas, indo além do cotidiano da política local.


A maioria dos veículos de comunicação segue sempre o mesmo lado, defendendo seus próprios interesses, mas infelizmente produzindo notícias repetitivas, sem sal e com muito puxa-saquismo de um lado e ásperos com os adversários dos seus pupilos.


No final da conversa, fui claro em manter nossa independência editorial, recusando-me a transformar nosso blog em um veículo de "merchandising político". Embora nossa jornada seja desprovida de lucros por não publicarmos conteúdos tendenciosos e comerciais, seguimos em conexão com a comunidade, defendendo nossas raízes e memória com total liberdade.


Em um mundo onde o sensacionalismo muitas vezes obscurece a essência do jornalismo comunitário, prefiro continuar fiel aos princípios da linha editorial que tracei e venho mantendo.


Este diálogo reflete um dilema mais amplo enfrentado por muitos profissionais de comunicação. Em tempos de crescente polarização política e pressões mercadológicas, o papel do jornalismo independente se mantém na resistência e no compromisso com a comunidade e seus leitores, com ética e verdade.


Apesar das adversidades editoriais, acredito que, independentemente da linha jornalística, a integridade precisa continuar sendo uma força vital na promoção da verdade. 


É fundamental ouvir os dois lados antes de fazer qualquer juízo, considerando os pontos de vista da comunidade em prol da diversidade e na construção de uma comunicação equilibrada. Esse é o caminho do jornalismo e de qualquer veículo que se preze.




 Márcio Wesley 

Jornalista | MBA em Comunicação e Semiótica | Licenciatura em Artes Visuais.  



Jornalismo comunitário e a pressão política Reviewed by Márcio Wesley on maio 23, 2024 Rating: 5

6 comentários:

  1. 👏👏👏 parabéns, todos somos seres políticos apartidários 👏👏

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  2. Sua ética, profissionalismo e dedicação ao fomento à cultura são inspiradores, Márcio!!! Eu sou sua fã.

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  3. Quando a ética sumiu das relações e de quase todas atividades exercidas pela Sociedade contemporânea amigo é de se estranhar quando alguém exerce um jornalismo a comunicação sem interesses outros senão a verdade não entrou no lugar comum de tirar vantagem em tudo. Abraços , Fernando Borba
    Oscip RIOLIMPO
    Movimento Rios Vivos

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  4. Agora Wesley Amigo, há um assunto que pra o bem da humanidade você e seu blog não pode ignorar.
    O Planeta é único e a ganância dos homens sem limites caminha para a extinção da humanidade.
    Afinal não existe Planeta B.
    Abraços, Borba

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  5. Cara, desculpe -me a liberdade de trata-lo dessa forma, mas é com respeito.

    É o que está faltando hoje, diria em 95% , da imprensa, CREDIBILIDADE. Isso porque eles tendem para a caracterização de verdadeiro jogo de xadrez á verdade e no tabuleiro movimentam as peças de acordo interesses escusos; do quem dá mais.
    É isso aí meu amigo não se deixe contaminar, CAMPEÃO!

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