A boa música brasileira está entrando na lista de extinção

* Lendo a Revista Modern Drummer (maio de 2016) me deparei com entrevista do professor Jaime Pladevall, que abordou sabiamente a 'nova produção' musical brasileira. Pladevall estamos juntos nessa batalha... Deixo aqui o meu recado, tendo a sua linha de raciocínio como ponto de partida.   

Os atuais produtores agem sem escrúpulo, sem amor a cultura ou a música. Estão mantando os gêneros musicais existentes do nosso País, estão sufocando a música popular brasileira. Não se importam com a qualidade musical, na verdade, não estão nem ai para isso. O que vale é o dinheiro, o lucro fácil e os sucessos de uma semana, quase todos descartáveis. E nesse mesmo caminho seguem os veículos de mídia, as emissoras de rádios e Tvs. Esses lavaram as mãos e não presam pela qualidade musical nas suas programações.

  

Estamos num beco sem saída. Nos países mais avançados existe espaço para um pouco de tudo, música para todas as ocasiões: para gritar, balançar a bunda e tirar os pés do chão. Mas também para pensar, relaxar, amar, sonhar, emocionar e chorar. Música cantada e instrumental. Essa diversidade sumiu das programações do Brasil. E não é por falta de boas produções!  

A situação está feia: ‘se vende é bom, se não vende é ruim’. E quem dita esse mercado são os ”cartolas” da música. As rádios seguem uma mesmice horrível. Chegamos ao fundo do poço. A diversidade musical que é a nossa marca registrada, não é valorizada pelas emissoras, as programações é cada dia pior. Ressalvando a TV Cultura (IRDEB aqui na Bahia), que sempre primou pela boa qualidade musical.   

A esperança está nas mãos de poucos produtores que estão escoando suas produções nas redes sociais, em casas de shows e barzinhos com o intuito de apresentar e manter viva a boa música (existente em todos os gêneros). São músicos, cantores, compositores, arranjadores, poetas e até gravadoras independentes dando murro em ponta de faca para conseguir driblar a morte da música verde e amarela.

A música é o alimento da alma! É preciso aumentar o leque de oposições nas programações, ou do contrário, vão matar o que ainda resta de bom.  

Desabafo        

M.W